Duas semanas atrás, uma audiência da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado discutiu dois projetos em tramitação na casa que pretendem limitar o mandato de dirigentes de entidades esportivas. A questão está diretamente relacionada com todas as recentes controvérsias e acusações envolvendo dirigentes de entidades esportivas como a CBF e o COI.
Governança, profissionalização e transparência são todos temas atuais da política que têm também sido discutidos no âmbito esportivo. A questão é que não é tão fácil assim impor certo nível de transparência e accountability a entidades esportivas, que gozam de autonomia relativa segundo à Constituição. A possível solução não seria criar uma lei que proíba presidentes de federações e confederações de se manterem no poder eternamente, dispositivo que poderia ser considerado inconstitucional. A melhor opção seria então vedar o repasse de verbas públicas para entidades que permitissem esse tipo de prática, o que teria efeito considerável já que grande parte das entidades brasileiras dependem de verbas públicas. O advogado e ex-atleta Alan Pessotti discute as alternativas legais para mudar essa realidade em texto publicado no Blog do José Cruz. Vale à pena conferir.